Ministério Público do Trabalho orienta que empresas garantam home office a gestantes na pandemia

O MPT divulgou a nota técnica 1/21, que insta empresas, sindicatos e órgãos da administração pública a adotar medidas para garantir a proteção de trabalhadoras gestantes na segunda onda da covid-19.

O MPT considerou pesquisas que apontam que os sintomas da covid-19 durante a gravidez podem durar muito tempo. Para o parquet trabalhista, é recomendável afastar as gestantes dos locais de trabalho que representem risco de contaminação, com preservação da remuneração.

As orientações são: 
Aceitar o afastamento de gestantes mediante atestado médico que ateste a condição gravídica;
Alertar que a dispensa de trabalhadoras gestantes nesse período de pandemia pode vir a configurar hipótese de dispensa discriminatória.
Garantir às trabalhadoras gestantes que, na impossibilidade da execução das funções na modalidade à distância, sucessivamente, seja adotado plano de contingenciamento;
Garantir que trabalhadoras gestantes sejam dispensadas do comparecimento ao local de trabalho, no caso de não ser compatível a sua realização na modalidade home office, com remuneração assegurada, durante todo o período em que haja acentuado risco de contaminação no convívio social;
Garantir, sempre que possível, às trabalhadoras gestantes, o direito a realizar as suas atividades laborais de modo remoto;
Observar que a ausência de condições pessoais, familiares, arquitetônicas da trabalhadora gestante para realizar suas atividades em home office ou sua dificuldade de adaptação à essa modalidade de prestação de serviço não configura hipótese de justa causa para a rescisão contratual;
Retirar da organização das escalas de trabalho presencial as trabalhadoras gestantes;

Fonte: Migalhas